O mundo anda cada vez mais rápido. Anda não, corre. É informação na velocidade da luz. Formamos uma geração imediatista, onde todas as respostas podem ser encontradas no São Google em segundos.
Diante de tanta rapidez, percebo que as pessoas perderam a paciência para o amor. Nunca antes relacionamentos foram tão difíceis de serem mantidos. Por quê? Acostumamo-nos tanto com as instantaneidades que fica impossível parar alguns minutos para uma franca conversa.
Instalados nessa sociedade de idolatria ao ego, ao consumismo próprio e desenfreado, é difícil pensar em faltar um dia da academia pra fazer um jantar especial àquela pessoa.
Jogos de conquista? Esquece, eles duram pouco mais que alguns minutos. Estamos sem tempo para charme, ligações inesperadas, flores... O lance agora é pular em cima do pescoço do ser desejado, sugar todo o prazer possível e ir embora. Para o próximo. Próximos. Muitos.
D.R. hoje é sinônimo de cafonice. Ele não quer sexo? Melhor partir pra outro. Não há tempo pra entender os problemas que ele tem passado.
Estamos em uma era doente. O tumor da falta de tempo, quando na verdade preenchemos nossas vidas com coisas cada vez mais vazias. Exige-se muito então devoramos informações, aparelhos tecnológicos, MBAs e afins... Cadê tempo pra fazer carinho nos cabelos dela? Sem tablet ou smartphone nas mãos... Sem se importar com a quantidade de e-mails que estejam chegando...
Tempo pra cuidar da relação, como nós cuidamos da nossa aparência, da nossa posição profissional. Isso é cada dia mais raro, o que tem gerado uma massa de pessoas superficiais e solitárias. Não por vontade própria mas por se deixar envolver na teia de ocupações pseudo-inadiáveis e adiando sempre o que importa, ou quem importa.
Tempo pra cuidar do outro. Conhecer, entender, respeitar. Tudo isso envolve o amor. Ou será que as pessoas acham que o par perfeito é igualzinho, lindo e sem problemas? A individualidade tão pregada beira ao egoísmo: "Problemas seus, são seus. Dos meus eu cuido."
Cumplicidade. Formam-se muitos casais. Mas sem tempo para serem cúmplices.
Então nos veremos com sessenta anos, três casamentos fracassados, fotos de viagens incríveis e um carro bacana. Suspirando sempre uma certa melancolia de que faltou alguma coisa. É, faltou tempo. Faltou amor. Faltou inteligência para perceber que sem isso, o coração fica vazio. E a sensação mais sublime de saciedade que podemos ter é olhar um par de olhos brilhando na nossa frente durante o jantar...
Tempo pra cuidar do outro. Conhecer, entender, respeitar. Tudo isso envolve o amor. Ou será que as pessoas acham que o par perfeito é igualzinho, lindo e sem problemas? A individualidade tão pregada beira ao egoísmo: "Problemas seus, são seus. Dos meus eu cuido."
Cumplicidade. Formam-se muitos casais. Mas sem tempo para serem cúmplices.
Então nos veremos com sessenta anos, três casamentos fracassados, fotos de viagens incríveis e um carro bacana. Suspirando sempre uma certa melancolia de que faltou alguma coisa. É, faltou tempo. Faltou amor. Faltou inteligência para perceber que sem isso, o coração fica vazio. E a sensação mais sublime de saciedade que podemos ter é olhar um par de olhos brilhando na nossa frente durante o jantar...