sábado, 30 de outubro de 2010

Acorda menino...

Nossos queridos exemplares do sexo masculino, é a vocês que me dirijo agora. Fui um pouco dura no último post, pra dar um chacoalhão mesmo. Mas nesse momento, ao som de More Than Words, achei que devia falar um pouco também com você, cavalheiro, que me dá a honra de ser meu leitor.

Nós mulheres, razão da sua existência, ao contrário do que dizem, somos bem simples de lidar.

Ela não quer um perfume caro, ela quer que você se lembre a data. Ela não quer um restaurante luxuoso, ela quer um jantarzinho a sós com um bom vinho. Mais importante do que "você é linda", é ouvir "você está linda". Sim, por favor reconheça as horas que ela passou se arrumando pra você.
Ela não quer saber se você vai na esquina comprar pão, mas seria ótimo receber um sms dizendo que acordou pensando nela. Passaria dois meses sem te ver numa boa, contanto que você dê a devida atenção, claro. "Quem foi que disse que pra estar junto é preciso estar perto?" Esteja perto em pensamentos, declarações...

Entenda que em um determinado período do mês as coisas serão um pouco tensas (TPM fellings). E se ela não quiser falar, por questão de sobrevivência, não insista!

LIGUEEEEE!!!!! Mas não exagere, normalmente as mulheres se entediam fácil, então faça um charme às vezes. Contrarie-a de vez em quando, isso nos deixa possessas, e mostra que você tem atitude.
Não a proiba de sair com aquele vestido, mas fale (numa boa) que sente ciúmes. Viva sua vida, saia com seus amigos e a permita que faça isso também. Mas não se esqueça NUNCA que você tem alguém que se importa contigo, consideração é muito importante.

Demonstre! Surpreenda! Mande flores numa terça-feira à tarde, apareça na portaria do prédio dela de madrugada... Responda aos e-mails!!!! Mulher detesta ser ignorada e a única coisa que você consegue com indiferença é um belo par de chifres. Sim, somos extremamente cruéis quando preciso.

Apresentar à família é necessário, mas não fundamental. Ela dificilmente gostará da sua mãe então não se apresse com isso. Mas a inclua na sua vida, compartilhe os momentos, as dúvidas. A gente se sente importante quando vocês pedem nossa opinião.

Faça planos com ela. Planos, não falsas promessas. Isso de "vamos viver o hoje" pra mulher não funciona. Nós precisamos pensar no futuro, então não se zangue se ela quiser saber que horas vocês vão se ver no último sábado do mês que vem.

Acredito que RECIPROCIDADE é a palavra. Se ela te dá carinho e atenção, o mínimo que ela espera é ter o mesmo de volta. Dar sem receber cansa.
Imagina uma roseira... linda e delicada, assim somos nós (ok, com alguns espinhos também), porém, se você não cuida da roseira, um dia ela pára de florescer e morre. Não, ela não vai morrer por você, mas o que ela sente, talvez...

Não se paga amor com indiferença. Seja sempre claro, se não quer mais, DIGA! Iludir ou brincar com os sentimentos de alguém não é legal. Isso, óbvio, vale para ambos os sexos.

E se ainda quer... corra atrás! Ela disse adeus? Puro charme! Ela está louca pra tocar o telefone e ouvir sua voz. Lute! Não se encontra amor sincero em qualquer esquina. "Onde não há sacrifício, não há virtude!"

Bacio...

ACORDA MENINA!

De repente, naquele seu pior momento ele aparece... Um verdadeiro príncipe caindo no seu colo e cheio de amor pra dar. É muita sorte certo? ERRADO! Pelo menos na maioria das vezes.
Você cai feito um patinho (ou patinha, se preferir). Na hora em que mais precisa de carinho e atenção surge um anjo em sua vida disposto a te levar à Marte se for preciso.
No começo você até titubeia, mas é difícil demais resistir a esse pedaço de mau caminho né? Putz, por que mulher é assim, hein?
Daí vem as promessas, os planos juntos. Sim, vocês realmente vão passar o fim de semana naquele Hotel Fazenda lindo! Ele te liga (meo deos, ele LIGA!), manda e-mail, torpedos e tudo mais que a maldita tecnologia permite. Você sabe de absolutamente tudo da vida do seu "mor" (ou pelo menos acha que sabe).

Então num belo dia você cai da cama e descobre: "tô apaixonada!"... Querida, F-U-D-E-U!!!! Você acaba de estragar todo seu conto de fadas fake.
Experimenta dizer "eu te amo". Rá! Já fez? É isso mesmo que acontece, essas três palavrinhas são repelentes para homens que não querem compromisso. "Como assim não quer compromisso? Ele disse que era sério, que era especial..." Dear, pra continuar te levando pra cama ele vai dizer até que você é mais sexy que a Jolie...

Do nada ele sumiu? Não liga mais e não retornou nenhum dos 36 e-mails que você enviou ontem? "Ah, mas tem o trabalho dele, o problema que ele tem em casa, os estudos..." olha só, não tô querendo fazer ninguém se jogar do viaduto, mas na boa, se alguém gosta de verdade, quer de verdade, se interessa de verdade, não há motivos no mundo que o faça ficar longe.

Wake up baby, vocês não vão se casar em Las Vegas nem viajar pra Costa do Sauípe nas próximas férias.

Se quiser continuar nessa, ótimo! É tudo o que ele quer também. Mas se você acha que merece mais da vida, das pessoas e do amor, ACORDA! Dói muito, aff, e como dói abrir mão de quem a gente ama. Mas o nosso amor próprio vem sempre em primeiro lugar. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima nega! Tem um monte de sapo por aí louquinho pra ganhar o beijo de uma princesa!

Beijinhos!

Era apenas um copo d'água.

Não mais poderia continuar naquele abismo. E então... pular ou retornar?


Pular significaria o encontro com uma nova vida. Ou com o fim dela.
Retornar a faria ter certeza de continuar vivendo, porém, pela metade.

Lá em baixo havia um oásis. O mergulho poderia ser delicioso, e poderia ser fatal. Aquela imagem a chamava, a seduzia... "Vem, só eu posso dar o que tanto procuras."
E nas suas costas, um sopro: "fica, só eu posso cuidar de você como merece."

Ela queria ser cuidada. Mas ansiava por um mergulho. Pular ao encontro do desconhecido ou contentar-se com uma vida mascarada?

Ela pulou... E o oásis não estava mais lá. Era apenas um copo d'água. Senti-se dilacerada. Uma mistura de dor e decepção aliado a impotência de nada poder fazer para tê-lo de volta. Onde, na realidade, ele nunca existiu, fora uma miragem, fruto de uma mente perturbada e de olhos fatigados com uma vida de ilusões.

Ela chorou... E então se levantou, arrancou alguns cacos de virdro que haviam cortado sua pele, e seguiu. Sem olhar pra cima... Sem olhar pra trás...

Besos...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cansaço...

Estou cansada.
Cansada das convenções que o mundo me impõe. Cansada da hipocrisia aceita deliberadamente.
Cansada da pseudo revolta dos caras de "direitos humanos", onde todo o fundamento não passa de interesse.
Cansada de tudo girar ao redor dos interesses. E não do coletivo, mas sim interesse individual, sempre.
Cansada de ver a mãe de salto 15 cm, batendo perna no shopping e só lembrar que tem filho na hora de passar a frente na fila do supermercado.
Um mundo onde o mais importante é o nome da Universidade que você estudou, não as habilidades adquiridas no curso.
Um lugar onde suas medidas corporais são levadas mais a sério do que suas idéias.
Estou cansada de ver pessoas infelizes por manter uma vida de aparências.
Cansada do falso, do intangível.
Cansada das vontades sufocadas, dos desejos escondidos.
Cansada de ter que sussurrar meu grito...

domingo, 24 de outubro de 2010

Amor real.

Lendo esse post no blog da minha amiga Cris Paulino, me veio na cabeça qual o conceito que nós temos do que vem a ser a pessoa ideal.

As revistas transcrevem o modelo perfeito pelo qual devemos nos apaixonar: carinhoso, íntegro e rico.
Nossa mãe também dá suas recomendações: "o homem sempre deve gostar mais filhinha, porque mulher já é boba por natureza, apaixonada então..."
E nós passamos a vida procurando moldes prontos. O rapaz lindo, pós graduado, inteligente e gentil. A moça escultural, bem humorada, independente e que adora sexo.

Mas nem sempre é assim. Pensando bem, quase nunca é. De repente você resolve se apaixonar pelo frentista do posto ou pela secretária do seu dentista.

Ele tem um jeito lindo de te olhar, mas fala muito palavrão. Ela teima em fazer escova naquele cabelo cacheado lindo, mas faz uma massagem na nuca que te arrepia.
Na verdade ele não se veste como você gostaria, e seu gosto musical é duvidoso. Ela usa aquele salto só pra ficar maior que você, e você detesta isso.
Ele não liga quando promete e mente de vez em quando. Ela é melosa demais e não gosta muito dos seus amigos.
Ele fala três línguas e ela nunca saiu do país. Ela pratica todas as regras de etiqueta e ele odeia colocar o guardanapo no colo.
Ela bebe. Ele fuma. Você quer pizza e ela sushi. Praia! Não, serra gaúcha!
Ele te faz chorar. Ela te dá nos nervos.

E daí? É a pessoa que você ama!
Ele te faz rir e ela é uma super companheira! Vocês compartilham das mesmas loucuras. Existe vontade de estar junto sempre. Ele te beija na testa e te acolhe no peito. Ela te abraça devagar e brinca de fazer cachinhos com seu cabelo. Os corpos entram em combustão quando se tocam. Ai, quando ele sussurra no seu ouvido... Vocês aprendem juntos. Se importam um com o outro.
Você quer cuidar dessa maluquinha. E tudo que ela mais quer é acordar do seu lado, mesmo que você não esteja com aquele hálito mentolado de sempre.

Isso é amor. Sem idealismos, rótulos. É o amor possível, cotidiano... é o amor real.

"Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?" - Renato Russo

Bacio...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

De cara com o espelho...

Acordei me sentindo diferente... já esboçava algumas linhas desse texto, mas alguma coisa me dizia para esperar o fim do dia para escrever...

Era uma sensação de bem estar inexplicável. Me dei ao luxo de sair de casa sem um pingo de maquiagem no rosto. O que alguns chamariam de desleixo e falta de vaidade, eu considero ser confiança em mim mesma. Apenas filtro solar... Ah, e como o sol estava gostoso! Não gosto muito de sol, mas hoje pela manhã ele estava especialmente bom. Tocava minha pele como se quisesse me iluminar inteiramente. Sim, eu flertei com o sol no dia de hoje. 

E andava nas ruas como se estivesse em um campo holandes de tulipas. Não enxergava a fumaça, não ouvia as buzinas, e não ligava pra as gracinhas que os homens falavam enquanto eu passava (coisa bem incomum para uma feminista-chatinha).

O dia não teve acontecimentos extraordinários. Não, foi um dia normal. Mas a felicidade que me tomava conta transformava tudo em algo especial, como toque de midas... 

Nada, nem cara feia, nem palavras atravessadas... absolutamente nada foi capaz de alterar meu humor. E eu estou extasiada com isso!

E ainda tive a oportunidade de levar um belo sermão, vários palpites e muuuuitas críticas... Mas decidi não tomar o que não é bom pra mim. Sei que os que me amam querem meu bem, mas sei também que só eu posso me fazer o bem de verdade.

De cara com o espelho agora, no final do dia, eu disse a mim mesma: "É isso! É assim que tem que ser sempre!"

Às vezes sem maquiagem, mas sempre com a sensação de estar linda. Às vezes tropeçando, mas sempre forte para levantar. Às vezes frágil e com medo, mas sempre corajosa para pedir ajuda. 

Arrependimento? Sim, ele pode existir um dia. Só saberei tentando. Querer voltar atrás? Não não... na minha vida só ando pra frente. 

Beijos...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ajustando o foco...

Sempre tive um pouco de medo de escrever em caráter pessoal. Mas se a própria Diva Lispector desenhava seus textos em primeira pessoa, por que eu, pobre mortal, também não posso fazer?
Brincar de despir a alma através da ortografia...

Ser o mundo de alguém, tornar alguém o meu mundo... Sempre foi assim. Porém, de repente, hoje tive um insigth: "por que EU não posso ser o meu mundo? Por que tornar alguém dependente da minha presença? Por que me tornar dependente da atenção de outra pessoa?"

Não, definitivamente a felicidade não pode estar no outro. Ela está dentro de mim, precisa estar. Eu tenho que me bastar para viver. É completamente insano esperar por um "bom dia" pra ser feliz.

Num imenso oceano, em meio a uma turbulenta tempestade, eu estava lá, perdida, assustada. Eis que surge um salva-vidas, um lindo e charmoso salva-vidas. Claro que eu agarrei com todas as forças no meu herói. Eu me segurava em seus braços como se fossem a última chance de um sopro de vida...
Mas eu sabia nadar... Eu poderia apenas me apoiar no gentil rapaz, ou até mesmo recusar seu socorro porque afinal, EU SABIA NADAR, só estava com medo. Poderia nadar até a praia e depois desfrutar da companhia do meu doce salvador quando a tempestade já estivesse cessado. Mas não... eu acabei por afogá-lo, tamanha minha ânsia de estar naqueles braços para sempre.

É preciso aprender a não mais devorar a alma de quem se ama. Peço desculpas pela minha intensidade. Nasce nesse momento alguém disposto a se amar primeiro, a viver seus próprios sonhos primeiro. O que eu afogo agora é meu gigantesco egoísmo e a angústia de querer tudo ao mesmo tempo. Enterro meu senso de urgência, na maioria das vezes tão desnecessário. Pensarei nos meus desejos sim, mas como meus. Não mais sob o domínio da escuridão trazida pela saudade. 

Os sentimentos estão aqui. Ainda amo. Amo assustadora e desesperadamente (sim, é possível SIM amar em nossas condições). Mas necessito de outro movimento de translação, o meu sol precisa vir de dentro. Preciso ter brilho para irradiar luz.

É incrível como as palavras acalmam. Os soluços já passaram e as lágrimas que agora caem são de alívio. É só uma questão de ajustar o foco...

God bless you...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A carta...

Lendo em sua poltrona, sentiu vontade de procurar por uma fotografia antiga. Então, no velho criado-mudo, ela encontrou um envelope com algo dentro...

É em você que eu penso antes de dormir
É sua visita que recebo nos meus sonhos
E é com você que meu corpo arrepia
O aperto no peito de saudade é por sua causa
O brilho que trago nos olhos é consequência desse bem querer imenso
As lágrimas que insistem em cair são sempre por sua ausência
É por você que ouço aquela música que nem gostava tanto
É a sua figura que eu vejo em todos os rostos
É o seu cheiro que eu sinto em todos aromas
É o teu corpo que eu quero sobre o meu a todo instante
E tua voz no meu ouvido é o que me tira o chão
O teu sorriso é o que eu gostaria de ter todas as manhãs
O teu abraço é que me faz sair desse mundo
É de você que eu morro de ciúmes e tenho até tenho raiva de vez em quando
É por você que planejo todo meu dia para sobrar mais tempo pra te ver
É pra você que sinto vontade de contar aquela novidade
É com você que queria sair de mãos dadas na pracinha
Na sua toalha é que eu gostaria de me enrolar depois do banho
Notícias suas é o que eu fico esperando a toda hora
E nos seus braços...  é onde eu queria estar agora.


O papel, já amarelado com tempo, transcrevia sentimentos antigos. A carta jamais havia sido entregue. E o mais assustador é que nada, absolutamente nada havia mudado. Ela ainda queria... ainda sentia...
Dobrou o papel como estava antes e o devolveu ao fundo do criado-mudo. Já não havia mais tempo... Voltou a sala de estar e continuou com sua leitura...

Bacio...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O poder da atitude.

Para quê afinal viemos a esse mundão louco de meu Deus? Podemos escolher entre ver a vida acontecer ou fazer a vida acontecer. A diferença? ATITUDE!

Eu decido como será meu dia assim que eu acordo. Posso seguir o conselho do meu amigo Zeca: "deixa a vida me levar" ou arregaçar as mangas e correr atrás do que eu quero.

Hoje não ficarei triste. Hoje direi "eu te amo" para aquela pessoa. Hoje me matriculo no curso de Italiano. Hoje. Sempre hoje, nunca amanhã. Esse é o fator de peso para quem quer viver e não ver a vida.














Ter atitude suficiente para não querer fazer nada naquela tarde. Para dizer o que se sente, ou para simplesmente ficar calado.

Atiude para admitir que tem fé, porém, "a fé sem obras é morta" (Tiago 2:17). Sim, até para ter fé em Deus precisamos de atitude. Porque ficar naquela que "Deus proverá" e mater os bracinhos cruzados baby, desculpa o baque, mas nada vai acontecer, ok?

Destino? Sim, pode ser. Certas coisas não parecem mesmo acontecer ao acaso. Mas nos prendermos aos possíveis acasos do destino para desfrutar de algo, me soa como um baita comodismo. Como diria Martha Medeiros: "O destino decide quem entra na minha vida. Minha atitude decide quem fica."

Eu quero. Eu posso. Eu consigo. Como? Começando a tomar ATITUDE!

Besos...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Em outra órbita...

Era uma tarde comum de final de semana, estavam todos juntos como sempre acontecia. Porém naquela tarde ela se sentiu diferente, diferente demais de tudo aquilo...

Ela não ria mais das piadas e o gosto da comida não lhe era tão agradável. As conversas lhe causavam impaciência. As músicas soavam como um irritante zumbido.

Era tudo tão familiar e ao mesmo tempo incrivelmente estranho. Observava as pessoas como se estivesse em um universo paralelo. Definitivamente ela não fazia mais parte daquele mundo.

Não compartilhava mais os mesmos gostos. Não queria mais as mesmas coisas. Não aceitava mais as mesmas situações.

Como é possível algo se desprender de nós tão bruscamente? E de onde vem esse desejo insano de não mais estar onde sempre esteve?

De repente aquela partezinha da Terra que era tão sua, repeliu-se com tanta força que lhe causava um aperto. A cabeça girava e doía. A angústia de estar ali naquele momento era demasiadamente grande. Ela queria correr... e correu...

Kisses...

sábado, 9 de outubro de 2010

Mentiras...

O que é a Mentira? Por quê mentimos?

Mentimos para as pessoas, para Deus, e o que é pior, mentimos para nós mesmos.

De onde vem a necessidade de mascarar algo e até onde isso é errado? A mentira é realmente sempre a vilã?

Faltar com a verdade. Omitir. São várias as vertentes daquilo que não é real. E por que será que nos atrai tando a possibilidade de fantasiar algo?

O ser humano precisa de ilusões para viver. Posso me atrever a afirmar que, até certo ponto, gostamos de ser enganados. Afinal, a verdade dói, e não queremos nos machucar.

Queremos parecer fortes, então mentimos que estamos bem. Queremos chamar atenção, então mentimos que estamos mal. É mentira no trabalho, em casa, na internet... Seria exagero dizer que vivemos uma grande mentira?

Mentimos para sermos aceitos, mentimos para termos vantagens, mentimos para não magoar alguém, mentimos para não sermos magoados... Até onde vai tudo isso?

São tantas perguntas que envolvem a questão "mentir". Na realidade, dúvidas combinam muito com o blefe. Nunca se tem certeza, há sempre desconfiança.

O certo é que o oposto da mentira é a Coragem! A coragem de falar, de fazer, de sentir. Esse é o real significado da verdade. Porém, ainda muito distante da maioria dos coraçõezinhos...

Beijinhos...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O que faz você feliz?

Era só uma menininha quando lhe perguntaram: "O que quer ser quando crescer?"
"Feliz!" - respondeu num tom óbvio.
"E o que pretende fazer pra conseguir isso?"
"Hum... não sei. Só sei que é isso que eu quero ser..."

E você? O que pretende fazer para ser feliz? Aliás, o que é a Felicidade? Seria um estado de espírito ou uma condição humana? "Fulano é rico. Beltrano é médico. Ciclano é Feliz."
Nós estamos felizes ou somos felizes? De onde vem isso?

A sensação que tenho é de que passamos a vida em busca dessa tal felicidade e simplesmente nos esquecemos de curtir o caminho. Quem sabe a felicidade não está bem aí, nas estradas que andamos, nas comidas que comemos, nos olhares que cruzamos...

A felicidade me parece ser uma coisa tão pequena e ao mesmo tempo tão maior do que toda essa fantasia que ocupa o imaginário das pessoas.
A insatisfação tem muito mais tempo de devoção do mundo do que o próprio contentamento. "Tenho saúde, sou feliz. Mas quero dinheiro também, ok, sou feliz. E quero ser bonito, tá, agora sou feliz. Hum, preciso ser popular, dedicarei todos os meus esforços para entrar naquele reality show. Preciso de um bom emprego, e ter uma família, ah, e viajar também, e estudar, e ter todas as boas coisas do mundo! Ah, agora sim! Agora eu sou feliz!"
Perceberam que tudo que envolve essa pseudo felicidade sempre vem de fora? Sempre vem do outro? De algo a se conquistar?
Não dá pra ser feliz com o que temos por dentro? É difícil buscar a felicidade somente pelo que somos? É sempre ter, e nunca ser? É sempre macro e nunca intro?

Creio que as crianças e os apaixonados são os mais sensíveis a essa felicidade plena. Quem mais ficaria mais extasiado com uma chuva de bolhas de sabão do que aquela menininha? E como controlar os saltos atrevidos do coração quando ouvimos aquela voz? É isso que eu acredito ser a felicidade na íntegra, vem de coisas simples, coisas que mexem com nossos sentimentos e nos fazer rir sem querer. Mexe por dentro. Vem de dentro. É puro, verdadeiro. E é lindo!

Mais do querer beber todos os vinhos existentes na Itália, ou do desejo de fazer aquele curso em Harvard, ou até mesmo de querer fazer a clássica pose em frente às Pirâmides do Egito... eu quero a felicidade simples. O sorriso sincero daquela noiva no final da festa agradecendo por tudo ter sido como nos sonhos, a sensação de plenitude durante aquela dança, o friozinho na barriga e o sorriso involuntário nos lábios quando ele chega... O contentamento real, possível. Isso sim é felicidade!

Beijokitas!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar

Não, ainda não enlouqueci o suficiente para escrever críticas literárias. Não tenho gabarito para isso. Mas decidi falar um pouquinho sobre esse título porque tem um significado especial pra mim.

Creio que muitos aqui já conheçam, levando em conta a estrondosa repercussão mundial desse livro. Milhões vendidos em todo o mundo. Confesso que resolvi ler por curiosidade, mas já na introdução me apaixonei pelo contexto, pela riqueza dos detalhes e pela maneira leve da escrita.

O livro conta a história real de uma mulher a procura de si mesma. Após um divórcio conturbado e de um namoro difícil, decide sair pelo mundo em busca de sua verdade.

A nível cultural, para mim foi fantástico! Pude aprender como é o dia a dia na Itália; como funciona um ashram indiano e como o povo balinês mantêm o perfeito equilíbrio apesar de tantas provações.

No meu ponto de vista, o mais incrível na história foi a coragem de Liz (Elizabeth Gilbert, a autora) de se entregar. A capacidade de deixar tudo para trás a fim de encontrar aquilo que a faria sentir-se bem. Sem dúvida nenhuma, isso é no mínimo inspirador!

E como nossos queridos da terra do tio Sam não são bobos nem nada, trataram rapidinho de levar essa preciosidade para as telonas. Com ela, a toda poderosa de Hollywood, Julia Roberts, no papel da heroína de sua própria jornada.

E no primeiro dia em cartaz, claro, I was there! Mas como acontece na maioria das adaptações, dificilmente o cinema faz juz a complexidade da obra escrita. Compreensível até, afinal centenas de páginas não caberiam nunca em duas horas de filme. 

No entanto recomendo mesmo assim! Mrs. Roberts arrasa como sempre, os cenários são lindos e as cenas bem montadas. Óbvio que tudo fica muito melhor se tiver lido o livro antes, mas pra quem estiver com preguicinha, o filme manda um recado bem bacana também, vale o ingresso!

"Se você tem a coragem de deixar para trás tudo que lhe é familiar e confortável (...), e se estiver preparada, acima de tudo, para encarar (e perdoar) algumas realidades bem difíceis sobre você mesma... então a verdade não lhe será negada." - Elizabeth Gilbert

Besos!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A doce mania de julgar...


















"Essa mãe é muito mole! Ai se esse menino fosse meu filho..."
"Ah, mas ela é mulher de malandro, gosta de apanhar."
"Percebeu que ele não pára em emprego nenhum? Não gosta do serviço pesado não..."
"Meu Deus! Grávida com essa idade!"
"Ah tá, ele se apaixonou por outra?! Pra mim isso é pura senvergonhice!"

Se identificou com algumas frases? Difícil não termos passado por alguma dessas situações, ter ouvido ou até ter dito algo do tipo.
O ato de julgar é natural do ser humano. Aliás, uma de nossas piores características na minha opinião, pois observar o outro de fora é sempre mais fácil.

Quem nunca desdenhou ou até mesmo julgou fácil a resolução de um problema, e ao passar pela mesma situação se deu conta de que não era tão simples assim?

O fato é que é muito mais fácil dar alguma "sugestão" ou até mesmo meter a língua no sofrimento alheio, do que arregaçar as mangas e ajudar a resolvê-lo. 

Às vezes a ajuda propriamente dita é só questão de ouvido... isso mesmo, às vezes tudo que uma pessoa aflita quer é ser ouvida, sem julgamentos ou opiniões.

E não dá para esquecer que o mundo dá voltas, e que no dia de amanhã a pessoa a ser apontada por algum erro pode ser você. Infelizmente, o mundo é cruel. Todos estamos sujeitos a nos enganar, cometer erros, ou simplesmente nos jogar de cabeça no quê a maioria das pessoas acharia loucura. Acho que boa parte dos julgamentos acontecem aí. Não há coragem suficiente para se viver de maneira plena, e quando a grande massa se depara com alguém corajoso (ou louco) o bastante para se atirar naquilo que acha certo, acabam julgando.

Por mais que se defenda a idéia de era moderna, de novos padrões e novas idéias, o mundo ainda não amadureceu para encarar certas ousadias. Sim, porque ainda é considerado ousadia viver de acordo com sua própria vontade. Experimenta sair do óbvio de crescer-estudar-trabalhar-casar-procriar-morrer. Será considerado aberração pela sociedade, mesmo que de uma forma sutil. Por trás daquele discurso que "o importante é ser feliz", está o anseio do mundo perfeito, com pessoas perfeitas e famílias perfeitas. E, definitivamente, a perfeição não existe! Ops... caiu da cama agora? Sorry baby, bem vindo à realidade, a verdade costuma doer mesmo...

"Deveríamos olhar demoradamente para nós próprios antes de pensarmos em julgar os outros." - Jean Molière

Besos...

sábado, 2 de outubro de 2010

É chegada a hora!

Eu relutei muito em escrever sobre esse assunto. Ainda mais a essa altura do campeonato... Mas não resisti em dar meu pitaco com relação a esse circo todo.

É amanhã. Amanhã temos uma de nossas maiores missões como cidadãos: votar e decidir quem assume o comando do nosso País. Não dá para esquecer que os maiores interessados na eleição de novos (ou não tão novos) governantes, somos nós. Afinal, é para o povo que eles vão governar. São nossos interesses que eles irão defender. É como se fôssemos donos de uma mega empresa e tivéssemos que decidir quem a iria dirigir. Com certeza iríamos pesquisar muito sobre os canditatos ao cargo. Seus antepassados, suas experiências, etc. Para um cargo desses, não dá para escolher o mais bem humorado ou a mulher a mais interessante. Isso é sério pessoal, muito sério.

Mas acho que a apatia do nosso povo em relação à política é uma questão educacional. Ninguém aprende na escola a seriedade implícita no nosso poder de decisão de mudar o País. E se aprendemos alguma coisa, isso não tem continuidade em casa. Sério, não me lembro de ouvir minha mãe falar o quanto o meu voto é importante para a nação.


Engraçado pensar que um direito tão defendido e tão recentemente conquistado (sim, porque não faz tanto tempo que tivemos o "Diretas Já"), não seja devidamente valorizado. É aquela velha história: "quero tanto que quando consigo perde a graça".

Se olharmos um pouco para o lado, quantos paises ainda vivem em regime de opressão, onde não se tem o direito de falar e reinvindicar o que se deseja? Não estou aqui batendo palmas para a nossa pseudo democracia, apenas estou frisando que temos uma das melhores armas de combate e simplesmente não apertamos o gatilho. Por medo, por comodismo, por conveniência...

Comentar sobre o perfil de nossos canditados (a quê quer que seja) chega a ser desanimador, eu sei. O horário eleitoral virou um show de Stand Up misturado com Playboy TV passando pela Igreja do pastor sei-lá-o-que. Chega a ser bizarro tanto absurdo! Mas também creio ser uma questão de educação a formação de nossos candidatos. Enquanto não tivermos uma base sólida nas escolas, com pais também preparados, não se poderão formar cidadãos capacitados para a política. Salvo algumas raras exceções (ainda bem!).

Enquanto essa visão utópica não vira realidade, temos que cozinhar com os ingredientes disponíveis mesmo. Talvez não saia um banquete, mas se todos coloborarmos um pouquinho, ao menos vamos conseguir comer (razoavelmente) por mais quatro anos... Pensem nisso!!!

Beijokas!