quarta-feira, 30 de março de 2011

Vivendo e aprendendo a jogar.

Chega de criar expectativas menina. Cresce. Finca esse coração na terra. Endurece.
Se andar não adianta mais, corre. Se correr não bastar, voa. Mas voa com os olhos de uma águia, fixe o alvo. Chega de suspiros menina. Firma.
Mire o objetivo. Não olhe para os lados. Não vire para trás.
Respira pra si.
Vai. Encare a dor nas pernas menina. Enxugue as lágrimas.
Aprofunde o olhar. Aprimore a malícia.
Produza-se. Conscientize-se de seu poder. Seduza.
Não se entregue facilmente menina. Não mostre todas as cartas.
Aprenda a jogar. Jogue.
Perca, mas não se acostume.
Aprenda a ganhar menina... e ganhe... e viva... e cresça.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Mal x Bem

E quanto mais conheço o ser humano... mais admiro os animais. Homem - uma espécie que maltrata, engana e humilha sem o menor pudor. Como é possível tanta podridão prover de uma criação divina? O que os homens estão fazendo, meu Deus? Por que tanta injustiça?
Longe de mim bancar a revolucionária, até porque Che Guevara nunca foi meu ídolo de poster de parede. Porém, basta ter um pouco de sensibilidade pra perceber o quão sujo está se tornando o mundo. E o quanto estamos passíveis a essa sujeira, cada dia mais.
Nos calamos por medo, medo de indivíduos ou políticas indecentes que por poder são capazes das maiores atrocidades. Poder... o mal que move o planeta. O real motivo de tanta hipocrisia, tanta desigualdade, tanta vida desperdiçada.
Verdadeiros prostíbulos disfaçados de finos escritórios no alto da cidade. Gente que se vende por pouco, por nada... Nada que compre dignidade, brio.
A malícia perversa sobre essa gente batalhadora. Essa gente muitas vezes inocente que em troca da compra do mês oferece a alma, a alma livre de maldade e facilmente ludibriada por ratazanas pútritas.
Desculpem-me os acomodados, mas não consigo encarar com naturalidade qualquer tipo de desvio de caráter, principalmente se usado para autopromoção ou pior, para destruição (do que, ou quem quer que seja).
Se me questionarem hoje, não, eu realmente não creio na punição de toda essa alcateia que devora sangue apenas por vaidade. Mas continuo tendo fé no ser humano, na evolução massificada da mente. Então que todos lubrifiquem vossas engrenagens e coloquem a máquina pra funcionar, a principal, o cérebro. Afinal, a única arma letal para maldade continua sendo ela, a inteligência.

sábado, 26 de março de 2011

Quando o passado bate à porta...

Nós e o nosso medo de um passado doloroso ou mal resolvido voltar à tona. Acontece.
Você está bem, vivendo a vida como se deve quando um fantasma aparece querendo te assombrar... ou pior, quando aparece vestido de anjo tentando te ludibriar... e você ri!
Percebemos então que possuímos o poder. E toda a tremedeira que você achou que ia ter com o "flashback" virou... nada. Com a maior naturalidade do mundo, viramos as costas para o passado e o deixamos lá, onde é seu lugar. O que passou já não machuca, não causa taquicardia, nem sorriso no lábio. Virou estátua. Uma arte que com certeza nos ensinou muito.
Em tudo há um propósito do Universo. Vivemos sentimentos ruins para aprender o que são sentimentos bons. Nos iludimos com um falso amor para entender como é o verdadeiro.
Decepções são pontes que nos levam à sabedoria. Não sei se sou sábia hoje, mas graças a uma tempestade lá atrás, hoje conheço as cores do arco-íris de perto! Com algumas nuvens, às vezes... afinal, cor demais também enjoa.
O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de correr o risco pra se viver. Acomodar-se com uma situação ruim não é atitude de vencedores. Cada adversidade é um aprendizado novo e isso é impagável. Não podemos mudar o que passou, não podemos prever o que virá... mas devemos agarrar com força e viver intensamente essa dádiva chamada de "presente".


Beijos!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Obrigada.

Não tenho muito a dizer a não ser "obrigada". Muito obrigada aos que me entendem, que me suportam... Agradeço imensamente aos que me aconselham e me dão colo. Aos que me ouvem...
Meu agradecimento aos que me dão carinho sem interesse. Quem me gosta de graça e quem aprendeu a gostar. Obrigada aos que me advertem. Que me fazem abrir os olhos. Meu eterno "muito obrigada" aos que apoiam, sem ao menos querer ouvir a outra parte. Obrigada a quem me dá bronca. Quem me coloca de volta nos trilhos quando eu teimo em sair da linha. Obrigada a quem me faz sair da linha. Meu enorme agradecimento a quem tem paciência com meus lamúrios. Quem suporta minhas crises. Não sou fácil às vezes, eu sei. E agradeço muito pela insistência em meu bem querer. Obrigada a você que me ensina, mesmo sem me falar uma palavra. Obrigada por me fazer acreditar nas pessoas. Obrigada por me fazer descobrir o amor absoluto. E por me fazer amar. Obrigada a quem me tranquiliza que não é feio sentir raiva. E não é vergonha sentir dor. Agradeço aos que me acompanham nas loucuras. E aos que compartilham meu autoritarismo. Obrigada aos que me perdoaram. E aos que não perdoaram, obrigada pela sinceridade. Obrigada... hoje é só. Muito obrigada.

sábado, 19 de março de 2011

Razão: ame-a ou deixe-a.

Último capítulo da novela. E nossos olhinhos brilham ao ver os desfechos (comumente previsíveis), os romances, as condenações. O final feliz.
Como o conto de fadas nos fascina! Desde pequenos, fingimos ser super heróis, mocinhas presas na torre... A fuga para o 'faz de conta' é confortável, bonita. E tantas, ahh, quantas vezes transportamos isso para a vida real. Essa vida de muitos capítulos cinzas, duros, de tantas fases sofridas. A gente também quer o mocinho lindo, a família unida, a heroína apaixonada. Mesmo que seja através das lentes de uma realidade aumentada pela ficção.
Choramos, rimos, torcemos com toda força e nos irritamos com histórias que sequer são reais. Somos humanos, ok, sensibilizar-se é normal. E quando é demais? E quando é de menos?
Quando procuramos a perfeição em forma de vivência. E nos frustramos com qualquer brisa que sopre contra. Decepção, dor, tudo acontece de forma maximizada. Amamos demais, sem medida, sem consequência. E o tombo costuma machucar muito.
Ou nos trancamos em uma jaula seca, onde o sentir não é permitido. Vestimos uma armadura na qual cremos cegamente nos proteger de tudo que faz mal, ou faz bem demais. Não sentimos, e se sentimos, forçamos a não sentir. Um mundo frio, vazio, demasiadamente racional.
Duas formas de fuga. Nos transpor ao faz de conta ou ignorá-lo por completo. Excedendo na doçura ou mastigando amargor. Saltar do penhasco e acreditar possuir asas, ou sequer acreditar que exista um penhasco. 
Nem armadura, nem contos de fadas. Mas sim, assumir a forma humana com todas suas peculiaridades. Permitir-se errar, amar, julgar e sofrer. Cometer loucuras, consciente delas. Aceitar que nada é pra sempre e que ninguém nos pertence, e mesmo assim desejar ter alguém pra si o resto da vida. É o que nos difere dos animais irracionais, a razão. Está aí pra ser usada, mesmo que irracionalmente.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Baste-se.

Então você decide seguir... Engatar a primeira e partir sem rumo, ou melhor, com rumo à sua felicidade, à sua vida, sua, só sua.
Muito tempo perdido, muito amor desperdiçado. E você, com um big espelho em casa, tem a perfeita noção que não precisa se manter aos rastejos para conseguir algo que quer. O "algo", ele, não quer, e você possui plena consciência disso. Consciência? Foi isso que eu disse?
Alguém pode me explicar pra onde viaja a nossa consciência quando o assunto é amor? A gente vive, se entrega, chora, implora... tudo em nome de um pseudo-amor que se acha digno de justificar todas as sandices.
Está decidido, você não vai mais ligar, excluiu dos seus contatos e de todas as redes sociais. Aí o FDP (desculpa ex futura sogra, mas é isso que ele é) aparece de surpresa, lindo, usando aquela calça que você deu no último aniversário, te leva meia dúzia de bombons e... (a sua lingerie bege não faz a menor diferença nessa hora). Que ódio!
O fato dear é que tudo retorna a seu eixo, personalidade não muda. Uma vez cafa, sempre cafa. Você tem duas escolhas: aceitar ou se mandar.
Dar murro em ponta de faca não caleja, e sim machuca, fere mais. Se dispor a sentir dor não é coragem, é burrice. O número de vezes que disser "sim" será infinitamente menor ao número de vezes em que cair em prantos embaixo do chuveiro.
Partir pra outra? Não, partir pra si. Quanto tempo da sua vida você viveu feliz sem conhece-lo? Não parece insano agora você simplesmente não conseguir sorrir quando ele não liga? Viver pelo outro é um erro letal às relações humanas. Viva pra você! Sorria pelo seu trabalho, pelas pessoas queridas ao redor, por seu corpo no espelho. O brilho vem de dentro. Baste-se. O amor só é bem vindo quando vem pra acrescentar, somar coisas boas. Se ele tira a alegria, o sono, a vida... não pode ser coisa boa, não pode ser amor bom. E amor ruim minha amiga, basta o que a gente tem pelo terapeuta.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A você...

Ao seu sussurro, meu arrepio
À sua boca, meu beijo
Ao seu toque, meu suspiro
Ao seu corpo, meu desejo.

À sua partida, minha tristeza
À sua presença, minha felicidade
À sua dúvida, meu medo
À sua ausência, minha saudade.

Aos seus surtos, meu desespero
À sua frieza, minha dor
Aos seus carinhos, meu sorriso
Ao seu coração, meu amor.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Os fantasmas.

Acordara exausta. Passara a noite lutando em seus pesadelos, contra seus fantasmas. Depois de muito tempo, as sombras do passado regressaram para atordoá-la. Dolorosas lembranças voltaram da escuridão para mostrar-lhe o quanto um dia foi frágil. E por mais forte que houvera se tornado através de tal sofrimento, tais lembranças funcionavam como criptonita para sua força. O gosto do passado de terror de volta era amargo demais, sentira grande revolta e sede imensa de justiça. Embora Deus já houvesse se encarregado da justiça natural, sentira ainda muito ódio e muito medo. Medo de nunca conseguir se libertar desses monstros que a faziam tão mal. Passara tanto tempo sem se lembrar. Apenas por uma cena de filme e tudo volta a vida como sangue fresco de uma ferida aberta. Agonizando por clemência e implorando por cicatrização. Choro, soluços, asco, desprezo. Sensações ruins causadas apenas por imagens. Demônios antigos que pensara estarem mortos, mas que ainda respiravam em sua mente. Gritava de raiva e rangia os dentes por ainda lembrar. Comprimia o ar na tentativa desesperada de esquecer. Mas a vida estava ali, não era possível arrancar um pedaço e atirar no abismo. Tais cenas sombrias a acompanhariam até o fim. E suplicara ao coração que se aquietasse, e à cabeça que não pensasse. Pois a maior vingança por tanta dor causada deveria ser a vida. Bem vivida. E vivera. Sem olhar para trás, fechara os olhos e pedira ajuda a si mesma quando os fantasmas aproximavam-se. Aquelas criaturas malígnas eram da escuridão. Ela não. E com os olhos ainda inchados e a respiração estafada, caminhara em direção à luz. Um dia, houvera de avistar algum ponto de luz...

sábado, 5 de março de 2011

O sabor da saudade.

Qual o sabor da saudade? Amargo, quando vem com a certeza de que não irá mais voltar. Azedo quando acompanha mágoas. Salgado, de secar a boca, quando se tem desejo. Doce, quando há boas lembranças e se sabe que a distância será breve.
E como é bom matar a saudade! Reparar cada detalhe novamente. Tatear todas as partes esquecidas. Saborear cada pedacinho com vontade, com pressa, querer que aquele momento se perpetue pra sempre. Olhar fixamente nos olhos e entender porque a distância causa tanta dor. Sentir o cheiro e respirar fundo, abraçar apertado, como se os braços fossem capazes de nunca mais permitir a partida. Sorrir e sorrir muito, transformando aquele instante no mais feliz do mundo. As energias se renovam. As forças se multiplicam. Matar a saudade é a cura pra muitos males. O coração acelera, as lágrimas caem. A voz causa arrepios. E a certeza de que essa saudade, tão doída, tão sofrida, contribuiu pra espandir ainda mais um sentimento. Não há quem admita que sentir saudades é bom. Mas a sensação de êxtase causada no momento do reencontro é incomparável. Maximiza a vontade, nos faz mais tolerantes. Não há tempo a perder com bobagens. Só o desejo de sentir de novo. O sabor da saudade não importa. O relevante mesmo, é o gosto do reencontro. E esse, é aquele que sempre deixa no final o sabor de "quero mais".

sexta-feira, 4 de março de 2011

Esquecer?

Você decide parar de sofrer e esquecer de uma vez por todas aquele vacilão que não te deu valor. Compra um vestido novo. Se arruma e sai para matar. Toma aquele porre libertador. Até paquera o gatinho que não tira os olhos de você.
Então você começa a comparar o gatinho ao infeliz que te fez sofrer... não não e não!!! Tem que esquecer, foco, tem que esquecer. Em vão... você só faz lembrar mais ainda a cada minuto.
Procura uma atividade nova. Mas poxa, seria tão bacana se vocês dois fizessem aquele curso juntos. Viaja. Mas as paisagem lembram tanto ele...
Lê um livro. E passa a achar que o autor sabia de cada episódio da sua história. Caramba, foi escrito pra você, só pode! 
E quanto maior a força que você faz pra esquecer, maior o desejo de tê-lo por perto. E você sofre em dobro, em triplo.
E se você se der o direito de não tentar esquecer? Ninguém deixa de gostar de alguém no automático, como uma programação de software. Se permita lembrar, chorar, sentir saudade. É um machucado e não há como fazer sarar de uma vez. Tem seu tempo. E com o tempo você aprende a conviver com essa ferida, se acostumar com ela. Até não doer mais e cicatrizar. E de tão acostumada a ela, um dia você nem se lembrará mais da dor, talvez não se lembre nem ao menos de como se machucou...

quarta-feira, 2 de março de 2011

É seu...

Pega meu coração pra você. Leva. É seu. Ele não quer mais saber de mim, não liga mais pro meu bem. Ele só quer você. Pega. É como um filho ingrato que eu sempre cuidei e agora quer fugir. Ele quer ir com você.
Leva. Leva porque agora ele é seu. Quer ficar com você. Mas toma cuidado por favor, é o único que eu tenho e morro de medo de acontecer alguma coisa ruim com ele. É meu bem mais valioso. Cuida direitinho.
Não machuca ele não. Essas cicatrizes são de outros tombos que ele levou. É, ele já sofreu um bocado. E agora cismou que quer você. Então leva. Carrega ele nas suas coisas. Balança. Nina. Trata ele com carinho, por favor. Ele é frágil, sangra fácil. Você vai saber cuidar?
Não precisa se preocupar em me devolver. Aliás, não é possível uma devolução dessas sem lágrimas. E eu não quero que ele chore. Fica com ele e faça-o feliz.
A única coisa que ele precisa pra ser feliz é amor. Dá bastante amor pra ele. Faz ele feliz por favor. Porque sozinha eu já não consigo mais. Ele precisa de você. Leva. Leva meu coração com você. E faz ele voltar a bater contente. Faz ele disparar de novo. Eu não posso fazer isso. Ele quer você. Pega ele pra você. Ele é seu. Leva meu coração com você, leva...