Sentada no meu sofá com minha inseparável caneca de café (sim, eu tomo café em uma caneca), liguei o computador com o próximo post do blog praticamente feito na minha cabeça.
Eis que ao me deparar com o campo "nova postagem", mudei de idéia. E resolvi escrever justamente sobre isso: mudar de opinião.
Já cheguei a jurar que jamais surgiria uma música mais cara de balada do que "It's not right but it's ok". Aos doze anos, achava que Di Caprio seria meu amor eterno. Vinho Chapinha para mim já foi uma bebida dos deuses (aham, Baco devia me odiar).
Se não fosse a falta de grana para pagar a facu, hoje eu seria uma psicóloga (por favor, pulem os comentários dessa parte). Sempre achei festa de casamento um porre, jamais poderia imaginar que um dia trabalharia com isso, e de uma forma tão apaixonada.
Quem nunca mudou de opinião? E outra vez? E outra?
E se o povo se acomodasse com a escravidão, com a monarquia, com a ditadura? Todas as grandes revoluções tiveram início com a mudança de opinião de alguém.
Então porque hoje somos crucificados quando isso acontece? Se eu nasci na esquerda-liberal não posso me tornar da direita-consevadora (tá, foi um exemplo meio ridículo porque ninguém nasce com posição política definida, mas deu pra entender né)? Melhor, posso simplesmente acordar e descobrir que não gosto mais de pagode, e sim de rock progressivo? (ah sim, poooosso, por favor me matem se isso ainda não aconteceu).
E se meu lanche da tarde preferido for iogurte com granola hoje, e amanhã for bolinho de chuva com nutella? (eu precisava escrever isso, rs) E aí? Sou bipolar???
Não há nada mais deprimente do que a pessoa que acredita ser imutável, que suas crenças nunca serão abaladas. O mundo é uma constante, vivemos em ritmo frenético de mudanças, aquele que não as aceita simplesmente pára, congela...
Só para constar, estou falando de opinião, não de princípios. Esses sim, carregamos pela vida inteira.
“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.” - Friedrich Nietzsche
See you later people... (ou não, posso mudar de opinião, certo?)
Besos!