terça-feira, 31 de agosto de 2010

Posso mudar de opinião? Posso???

Sentada no meu sofá com minha inseparável caneca de café (sim, eu tomo café em uma caneca), liguei o computador com o próximo post do blog praticamente feito na minha cabeça.
Eis que ao me deparar com o campo "nova postagem", mudei de idéia. E resolvi escrever justamente sobre isso: mudar de opinião.

Já cheguei a jurar que jamais surgiria uma música mais cara de balada do que "It's not right but it's ok". Aos doze anos, achava que Di Caprio seria meu amor eterno. Vinho Chapinha para mim já foi uma bebida dos deuses (aham, Baco devia me odiar).
Se não fosse a falta de grana para pagar a facu, hoje eu seria uma psicóloga (por favor, pulem os comentários dessa parte). Sempre achei festa de casamento um porre, jamais poderia imaginar que um dia trabalharia com isso, e de uma forma tão apaixonada.

Quem nunca mudou de opinião? E outra vez? E outra?

E se o povo se acomodasse com a escravidão, com a monarquia, com a ditadura? Todas as grandes revoluções tiveram início com a mudança de opinião de alguém.

Então porque hoje somos crucificados quando isso acontece? Se eu nasci na esquerda-liberal não posso me tornar da direita-consevadora (tá, foi um exemplo meio ridículo porque ninguém nasce com posição política definida, mas deu pra entender né)? Melhor, posso simplesmente acordar e descobrir que não gosto mais de pagode, e sim de rock progressivo? (ah sim, poooosso, por favor me matem se isso ainda não aconteceu).

E se meu lanche da tarde preferido for iogurte com granola hoje, e amanhã for bolinho de chuva com nutella? (eu precisava escrever isso, rs) E aí? Sou bipolar???

Não há nada mais deprimente do que a pessoa que acredita ser imutável, que suas crenças nunca serão abaladas. O mundo é uma constante, vivemos em ritmo frenético de mudanças, aquele que não as aceita simplesmente pára, congela...  

Só para constar, estou falando de opinião, não de princípios. Esses sim, carregamos pela vida inteira.

“Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal, não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse.” - Friedrich Nietzsche

See you later people... (ou não, posso mudar de opinião, certo?)

Besos!

domingo, 29 de agosto de 2010

Saudades...















Saudade do que se foi... Saudade do que está por vir...
Saudades das brincadeiras de infância, do cheiro do bolo de fubá no forno.
Saudade das amizades eternas de uma semana. Dos amores platônicos.
Saudade das broncas da mãe, das brigas com o irmão.
Saudade das equações de segundo grau das intermináveis aulas de matemática. Da fila para comprar bala no recreio...
Saudade das tardes regadas à brigadeiro e rock 'n roll.

















Saudade dos porres seguidos por: "nunca mais eu bebo!"
Saudade de passar a noite inteira dançando como se nada mais no mundo importasse. E naquele momento realmente não importava.
Saudade das minhas certezas aos dezesseis anos. E das incertezas aos dezessete.
Saudade dos papéis de carta, do caderno de versos, das letras de música...
Saudade dos textos, das crônicas, dos poemas escritos.
Saudade dos sonhos tão complexos, porém infinitamente tão simples...















Saudade das malícias inocentes, dos dramas quase que teatrais.
Saudades de pessoas, de sons, de toques...
Saudades de abraços, de cheiros, de vozes...
Saudade da alegria do sim, da dor do não, da angústia do talvez.
Saudade do que não existiu. Saudade do já vivido.
E depois de sentir tanta saudade, fica a saudade de não tê-la sentido...

Kisses...

E sem ele não tem festa!!!


Depois de cinco anos trabalhando com festas não teve jeito, me rendi aos encantos dessa inebriante bebida.

Champagne, prosecco... esses são nomes indicativos da região a qual foi produzido o vinho, o Espumante.

O que diferencia esse dos demais vinhos é a dupla fermentação, resultando nas famosas borbulhas, que levam o nome de perlage, consequência da presença do dióxido de carbono.

Mas não estou aqui para dar nenhuma aula de enologia. Quis falar sobre esse vinho específico por causa de sua grande ligação com as comemorações.

É impossível falar em celebração sem ouvir: "vamos estourar um champanhe!" Aliás, o termo "estourar" é uma agressão a qualquer enófilo. É um pecado quase que mortal fazer aquele grande estouro com a rolha de um espumante. Chacoalhar a garrafa então, é matar Madame Clicquot pela segunda vez! Segundo os estudiosos, perde-se gás e com isso um pouco do paladar do vinho. Opa... entrando na aula de enologia de novo!

Definições técnicas a parte, o fato é que não há no mundo uma bebida que evoque tanta alegria quanto o vinho espumante. É presença obrigatória em qualquer comemoração! E na minha opinião, também em qualquer adega que se preze.

Para os casamentos então, nem se fala. Numa festa tão linda, onde o tema principal é o amor, o espumante ganha papel de destaque.

Costumo sempre indicar o espumante como opção de bebida em festas, primeiramente pela grande aceitação do público, também por combinar perfeitamente com o nosso clima (a temperatura do vinho, geralmente baixa, junto com as borbulhas dão uma sensação de refrescância), e principalmente por ser extremamente fácil de se harmonizar com os mais diferentes pratos. Ou seja, é sucesso na certa!


A taça do tipo "flûte" é específica para espumantes. Seu desenho preserva o gás e as propriedades da bebida.

Claro que temos inúmeros tipos de vinhos espumantes no mercado, mas nem sempre o mais caro é o que mais agradará aos convidados. Dentre as classificações, os melhores para servir em eventos com um número considerável de pessoas é o sec e o demi-sec (meio seco).

Temos também o Frisante tomando conta das festas mais jovens e descoladas. São vinhos levemente gaseificados, de baixo teor alcólico e geralmente semi-doces. É uma boa opção também, principalmente para o bolso, visto que os vinhos frisantes costumam ter o preço mais acessível. Os mais badalados tem sido os italianos Lambrusco. Embora o Brasil também esteja com uma boa produção de vinhos frisantes. As vinícolas Miolo e Salton contam com ótimos exemplares.

Mas não importa o origem, o preço, o tipo... o importante é a qualidade do vinho, a preferência de cada um, e claro, a companhia!

"Borgonha faz com que você pense bobagens;
Bordeaux faz com que você fale sobre elas, e Champagne faz com que você as cometa." - Brillat-Savarin

Salute!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alma gêmea...



















"As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito. E é isso que todo mundo quer.
Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você. A pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida.
Uma verdadeira alma gêmea é provavelmente a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa.
Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais.
As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora.
Elas têm a missão de acordar você, tirar você de uma situação da qual você precisava sair, destroçar um pouquinho o seu ego, mostrar para você os seus obstáculos e vícios, despedaçar o seu coração para uma nova luz poder entrar, deixar você tão desesperada e fora de controle que você fosse obrigada a transformar sua vida, depois apresentar você à uma nova forma de viver, e sair fora..."

Trecho tirado do livro "Comer, Rezar, Amar" de Elizabeth Gilbert.

Desde que li isso pela primeira vez, sabia que não poderia guardar só para mim. Quem já passou por essa divina experiência sabe o quanto esse texto é lindo, forte e assustadoramente verdadeiro.
E se você ainda não teve a oportunidade de viver algo tão intenso, aguarde. A sua hora vai chegar. E quando chegar não hesite, vá em frente! Viva! São momentos como esses que nos mostram o quanto nosso exercício de vida vale a pena.

Fui criada dentro de uma religião e de acordo com pricípios que nunca me permitiram crer em tais vivências. Mas diante do óbvio é impossível negar. Nós sabemos, nós sentimos quando é diferente, especial. E em face de um encontro de almas, não há o que se fazer senão acreditar, viver, rir, chorar e deixar que o arrepio lhe suba por todo o corpo.

Primeiro vem o pavor, o medo de que aquilo seja irreal, de que estejamos enlouquecendo. Depois aceitamos, curtimos, vivemos... sim, vivemos tão intensamente que o fim quase iminente parece que nunca vai chegar. Porém ele chega. E é destruidor. A separação de almas é infinitas vezes mais penosa do que qualquer outra dor. Mas faz bem. E passa...

Esquecer? Impossível. Ainda ama? Então ame! Sente saudades? Então sinta saudades. E mande sempre um pouco de luz ao se lembrar.

Se aconteceu, não foi por acaso. Lembrem-se: "Aquilo que não me mata, me fortalece."

Fiquem com Deus!




quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Bonita, eu?

















Sempre ouvimos dizer que aparência conta muito no mundo de hoje. Que o Mercado é cruel. Enfim, que é preciso sempre estar impecável para conquistarmos (ou mantermos) nosso lugar ao Sol.
Mas alguém aqui já parou para escutar de uma mulher bonita o quanto é difícil provar sua competência?
Parece piada, mas não, não é.
O dilema da mulher moderna vai muito além de casa-trabalho-filhos. Além de ter que se manter linda, ela também tem que mostrar serviço (e muuuito serviço!)
Infelizmente vivemos numa sociedade descartável, onde os valores são medidos apenas e tão somente pela carcaça. Para uma mulher bonita provar que é competente ela tem que trabalhar o triplo do homem, ou de uma mulher, digamos, menos provida de beleza.
Para provar que o preconceito nos segue, você diria que essa mocinha foi jogadora de volei, fala 5 idiomas e tem um faturamento anual de cerca de 5 milhões de dólares?

Letícia Birkheuer


O fato é que, sim, ter uma boa aparência ajuda em todos os apectos. Mas se cometer o pecado de ser LINDA, aí o buraco é mais embaixo baby... Vai ter que camelar muito pra provar que não é "só" isso.
 
Como diria o filósofo Lulu: "assim caminha a humanidade..."
 
Bacio!