terça-feira, 28 de junho de 2011

Amor real

Você continua achando as pernas dele lindas, mas de repente outras coisas passam a ter mais importância.
De repente você passa a observar a generosidade, a perspicácia. Sim, aquele sorriso embaixo do chuveiro ainda te derrete, mas o telefonema dele te pedindo ajuda é arrebatador.
O ciúme existe, mas a segurança de que esse amor é seu te permite dormir com um sorriso nos lábios. 
Passar um final de semana inteiro sem ele já não enlouquece mais, a saudade ao invés de machucar, deixa o coração quentinho... 
Um “eu te amo” perde fácil pra um “fica mais”... o valor está na qualidade da convivência, na otimização do tempo junto. Na partilha, na troca... 
Ficar horas embaixo do edredon e deixar o toque falar por si. A sinceridade de um amor tranquilo é um presente de Deus.
Só um abraço no momento certo. Mais nada. Às vezes é preciso pouco pra sentir o muito. O muito que o amor pode ser. E é.

domingo, 19 de junho de 2011

Back!

Não tem jeito, realmente é a inspiração que manda nesses dedinhos aqui, por isso tanto tempo sem postar.
Mas voltei, e espero não ficar mais tanto tempo longe.
Ultrapassamos 20.000 visualizações e 120 postagens no blog. Nem preciso dizer que a alegria é imensa, ainda mais que esse cantinho foi criado sem nenhuma pretensão além de rabiscar alguns dos meus devaneios...
Fiz um texto meio tristinho (post anterior a esse), mas foi o que a inspiração mandou e eu não desobedeço never! =)
Muito obrigada aos leitores e amigos lindos que me prestigiam aqui. Sem dúvida vocês são presentes enviados por Deus nas horas mais precisas.
Um beijo enorme e bora tocar o barco que o show não pode parar!

Coração machucado

Pra falar de dor... sabe, aquela que machuca bem fundo? Que dói só de imaginar?
A dor de dentro fere mais... Porque não tem curativo, não tem remédio. Não dá pra mãe dar um beijinho e dizer que passou. Ela fica ali, latejando.
E transborda pelos olhos. Traz os soluços e aquela sensação de que nada no mundo machuca mais. De que nunca mais vai passar.
O coração tá doendo agora, e nada pode ser feito. A escrita e o choro é um tipo de anestésico temporário. Mas amanhã vai doer de novo. E depois de amanhã também.
Já teve dor no coração? É triste. É sofrido. Ela ocupa um espaço gigante na vida. Faz sombra. E frio.
Dizem que o tempo cura... só que demora um pouco. É como um remédio homeopático, tem que acreditar e ter paciência.
E a gente insiste em colocar a saúde do coração em perigo. Sabe que pode machucar, mas mesmo assim, vamos em frente. Melhor cuidar com mais carinho, afinal a dor é só a gente que sente.
É um dos poucos casos que a automedicação é a melhor saída. Entregar o coração machucado em outras mãos pode fazer mal... Cuida você dele. Esquece os outros. O coração é seu. 
Nós que sofremos, ninguém mais. É insensato pensar que uma outra alma pode curar uma dor que é sua. Pode mascarar os sintomas, como um antibiótico vencido. Mas logo volta, e pior.
Coloca o coração em repouso uns tempos. Se está debilitado precisa de cuidados especiais. Cuida dele até a total recuperação. Interromper qualquer tratamento pode ser perigoso.
Ah, e tenta não machucar ninguém. Dói, sabe? Dói bastante... 
Claro que pode se ferir novamente. Apesar da dor, é o que nos faz sentir vivos. Mas por um tempo é bom dedicar carinho só para o próprio coração, pra cuidar melhor, e não sentir mais aquela pontada ao suspirar.
Cuida. Cuide-se. E vai passar, tenho certeza. Vai passar.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Amor Omnia Vincit

Era um frágil recém nascido. Prematuro. Os médicos não acreditavam que sobreviveria.
Necessitava de cuidados especiais. Precisou ficar na incubadora por muito tempo. Era muito pequeno e delicado.
Todos haviam perdido a esperança. O bebê veio ao mundo cedo demais, não tinha forças para enfrentar a vida.
As luzes se apagaram. Silêncio.
Ouviu-se um choro... alguns fracos sons vindos de onde o bebê estava. E como um milagre divino ele abriu os olhos e parecia querer respirar mais ar que seu pulmãozinho pudesse suportar. Estava vivo. Venceu sua primeira batalha.
O menino ganhou força. Em pouco tempo deixou o hospital e levava alegria por onde passava. Era um menino especial. Tinha luz e ternura. Seu nome: AMOR.
AMOR era um menino comilão e muito carinhoso. Adorava brincar de herói. Corajoso e forte, mantinha uma fé inabalável. Sorria sempre.
Às vezes caía na tristeza. Não suportava ficar sozinho. Sentia sempre muitas saudades... e fome. 
Adoecia às vezes. Trazia alguns problemas desde o nascimento. Mas não era mesmo um garoto comum, possuia um dom especial.
Certa tarde, em uma de suas brincadeiras, o AMOR foi esquecido por seus amigos em um vagão escuro de um trem abandonado. Anoiteceu, e ele, que não exergava muito bem, pisou em um pedaço do vidro quebrado que estava no chão. 
Sentia fome. E AMOR não poderia ficar sem alimento. Senão enfraquecia. 
Ficou sozinho, sentiu falta de casa, mas embora triste, o AMOR venceu a saudade. Mesmo no vagão escuro, o AMOR venceu o medo. Teve paciência para esperar o amanhecer. O AMOR venceu a dor do corte. Venceu a mágoa por seus amigos o terem esquecido. Amanhaceu... O AMOR venceu a distância de casa e foi.
É realmente um garoto especial. Forte. Mesmo com todos os obstáculos, o AMOR VENCE TUDO.