quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sim, sua culpa.

Depois de horas de lágrimas derramadas, com o rosto exausto se olhando no espelho, você percebe quem é o único responsável por cada uma de suas dores... Você. Suas escolhas.
Nos permitimos achar, julgar, acreditar... nos permitimos amar. E a cada permissão concedida assumimos a responsabilidade das consequências. Mesmo que inconscientemente.
Porém, com a nossa confortável mania de jogar a culpa no mundo, ora o destino é responsável, ora aquele cafajeste com quem você se meteu, ora sua chefe, que insiste em não valorizar seu trabalho. Já parou para pensar que você pode não ser tão bom quanto imagina?
É a maximização do ego se propagando aos montes. Sempre apontamos o erro a algum fator externo. Como se errar fosse cada vez mais proibido. E é.
Ela terminou. Mas não porque você é inseguro, ciumento ou infantil. Ela terminou porque o destino quis assim, e se um dia tiver que ser, vai acontecer. Ok, boa sorte.
O nosso problema é essa dependência do outro, até para atribuir enganos.
A vida vale por si só e as pessoas só podem ser bem vindas quando acrescentam, e não para tapar aquele buraco escuro onde ficam nossos medos.
Olhe-se novamente. É a essa imagem a quem você deve atribuir as consequências dos atos cometidos ou não. A sua felicidade... ou a sua dor. Se demos a permissão, sim, elas são indiscutivelmente nossas.
Não dá mais tempo de culpar sua mãe por não ter colocado mais chocolate no leite e isso ter feito de você um incompreendido na Terra. A vida adulta não tem tanto glamour como pensávamos. É legal poder ir e vir, no entanto a teia que envolve a liberdade é bem complexa. Não é fácil ser livre. Às vezes machuca.
Perceber onde e o porque de cada tropeço. Tomar as rédeas dos erros, dos acertos, da vida... Isso é maturidade. Isso é 'cuidar do jardim'*.
*Alusão ao texto "Borboletas" de Mário Quintana.

5 comentários:

  1. É preciso ter muita coragem, para assumir erros e culpas, mas é necessário ter mais coragem ainda, para seguir em frente sozinho, já que estamos tão acostumados com o outro, ou até mesmo com os outros, porque em determinado momento da vida, temos que tomar decisões e iniciativas sozinhos e aprendermos a ser o jardineiros do nosso próprio jardim, bjocas Fer.

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  2. Perfect! Como sempre...
    Nós somos os responsáveis por nós mesmos. Assumir os próprios erros e acertos é permitir o amadurecimento!

    Beijo, queridona.

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  3. Encarar a própria alma sem medo é adquirir leveza

    Adorei seu blog Fernanda

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  4. Crescer dói, né amiga!! Passamos a ser donos de nossos atos e até nos assustamos com nossos pensamentos.
    Beijocas

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