Entra, deixa a chave na mesa. Deixa os problemas lá fora. Se deixa.
O microondas vai apitar, abre o vinho pra mim?
É, é um conto novo. Do novo. Não adianta me desconcentrar.
É pelo pão do dia. Pelo salto fino.
Deixa eu te contemplar, é só o que basta pra inspiração chegar.
Não sei... mais uma taça? Espera, faltam só alguns trechos.
Algumas páginas, eu acho. Me diz, pra que esse perfume?
Preciso continuar, é sobre o vislumbre de uma nova terra. Liga o ar, tá quente.
Sim, pode tentar. Mas já adianto que com as palavras não é fácil lidar.
O teu conto é mais profundo, profano. Não vende.
Me escreve com os dedos na nuca... Espera, tenho que continuar.
Desenha os parágrafos nos lençóis, são brancos e novos. Toca, pode tocar. Assopra tuas rimas na minha cintura.
Tá certo, ele pode esperar.
Mais tarde termino. O conto novo. Do novo. De nós.
Lindo! Tocante!
ResponderExcluirAbraço :)
"Tá certo, ele pode esperar"
ResponderExcluirFala sério hein Fer! a-do-rei... como sempre, né?
Beijo, lindona.
Perfeito Fer! Demais...
ResponderExcluirÉ Fer... vc realmente me lê.. obrigada pq vc nem sabe q com essas palavras me devolveu o que eu tinha desistido na madrugada... mesmo q só por hj, mesmo que só por agora....
ResponderExcluirLindo e singelo.
ResponderExcluirBeijsss
Embasbacada!
ResponderExcluirSem palavras p dizer o qto é maravilhoso...
Mas "maravilhoso" tb serve!
bjs linda
O texto é instigante, excitante e perfeito! Um espécie de moldura de luxo para sua foto sobre o piano.
ResponderExcluirBjim.
@ChrisRibeiro