segunda-feira, 27 de setembro de 2010

É o fim?


"Se contassem ninguém acreditaria que haviam passado um terço de todo o período que estavam juntos, discutindo. O sentimento era muito forte, o desejo muito intenso. Não era possível serem suferficiais, precisavam ir fundo sempre. Mas estavam ali, em mais uma tentativa de reconciliação. E assim foi. Na verdade era sempre assim. Sabiam que ao olharem-se tudo se tornaria passado. E que ao tocarem-se nada mais no mundo importaria... 

Passaram então um dos dias mais lindos de suas vidas. Conversas, risadas e amor... muito amor! Foram horas a fio sem desviar um olhar, e sem que ao menos uma parte de seus corpos se separassem.

Ficararam extasiados com a oportunidade de estarem juntos, e daquela forma! Aquilo era tão raro! A felicidade era tamanha que saltava pelo ambiente. Sentia-se o cheiro daquela felicidade no ar da sala.


No entanto, de repente, tudo acabou... Numa fração de segundos a euforia delirante dissipou-se. A felicidade chegou num ponto tão avassalador que rompeu o potinho de amor daquelas duas almas e evaporou no ar, perdeu-se...
O que acontecia com essa paixão por que não conseguia ser vivida por mais de 24 horas sem um desentendimento? Porém dessa vez era diferente, não era só um desentendimento, era o fim...

Foi como se o Universo tivesse conspirado para que aquele último encontro fosse mágico, inesquecível, e ainda mais doloroso. A dor da separação era infinita. Não possuiam mais um ao outro e isso os deixou como seres inanimados e vazios.

O sentimento ainda existia, a vontade ainda estava lá. Não conseguiam se conformar. Mas teriam que se conformar..."



Teriam? Será mesmo que teriam que se conformar? Entregar ao vento um sentimento tão sublime?

O fato é que não é possível se vencer uma guerra lutando sozinho. E não há possibilidade de se viver um amor sem paciência, tolerancia e cumplicidade. Idealizam-se pares perfeitos e quando veem que os defeitos podem atrapalhar, as pessoas simplesmente desistem. Como consequência temos visto relacionamentos cada vez mais descartáveis e rasos. São poucos os que, hoje em dia, ainda perseveram em um amor, suportam as sempre presentes falhas e amam... amam profundamente sem medo. São poucos os que permitem entregar-se sem armaduras ao amor. E isso é realmente uma pena... Vemos amores lindos que poderiam ser plenos, mas não o são por falta de coragem para viver.


Beijos...

2 comentários:

  1. Isso me parece tão familiar...
    É uma pena q mto não saibam amar...
    Beijos,querida!

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  2. Nossa Fer vc escreveee mto bm *-----------*

    Lindooo e triste,mas lindoooooooooo!

    Beijaum linda!

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